Objetivos de aprendizagem:
1) Aprender a definição de morte súbita
2) Identificar as principais causas de morte súbita de origem cardiovacular, respiratória, sistema nervoso central , maligna, gastrointestinal , renal e morte súbita infantil
3) Compreender a epidemiologia, quadro clínico, fisiopatologia, fatores de risco, alterações macroscópicas, microscópicas e complicações das patologias discutidas na prática
4) Compreender a definição de morte materna
5) Aprender o preenchimento de Declaração de óbito de morte materna
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1) Aprender a definição de morte súbita
Morte súbita é definida como uma morte não esperada que ocorre em 1 a 24 horas do início dos sintomas. (OMS)
Se testemunhada, a morte súbita inesperada que, ocorre dentro de 1 hora do início dos sintomas, já nos casos não testemunhados, a definição costuma ser expandida para incluir mortes inesperadas que a pessoa estava reconhecidamente bem nas 24 horas precedentes.
2) Identificar as principais causas de morte súbita de origem cardiovacular, respiratória, sistema nervoso central , maligna, gastrointestinal , renal e morte súbita infantil
3) Compreender a epidemiologia, quadro clínico, fisiopatologia, fatores de risco, alterações macroscópicas, microscópicas e complicações das patologias discutidas na prática
ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL
Epidemiologia
Ocorrem mais frequentemente em homens tabagistas e raramente desenvolvem-se antes dos 50 anos de idade.
Quadro clínico
-Pulsação em abdome
Fisiopatologia
O aneurisma de aorta abdominal resulta da degradação da membrana extracelular (MEC) mediada por enzimas proteolíticas liberadas por infiltrados inflamatórios nas lesões ateroscleróticas. Por causa desta combinação de efeitos, a média sofre degeneração e necrose, o que resulta em adelgaçamento da parede arterial.
Fatores de riso
Tabagismo, idade > 50 anos, genética, sexo masculino.
Alterações macroscópicas
-Obstrução de um vaso ramificado da aorta
-Embolia de material ateromatoso ou trombo mural
-Impacto em estruturas adjacentes
-Massa abdominal que simula tumor
-Ruptura na cavidade peritoneal ou nos tecidos retroperitoneais, levando a hemorragias graves.
RUPTURA VENTRICULAR
epidemiologia
Três locais significativos de ruptura ocorrem rotineiramente e incluem a parede livre do ventrículo esquerdo, o septo ventricular e o músculo papilar.
quadro clínico
A ruptura ventricular em sua maioria leva ao hemopericárdio, que por sua vez leva ao tamponamento cardíaco, que vai apresentar a tríade de beck - sons cardíacos abafados, diminuição da pressão arterial e dilatação das veias do pescoço.
fisiopatologia
O sangue do coração sai do ventrículo esquerdo com a pressão sistêmica e rapidamente preenche o saco pericárdico. As pressões do sangue ao redor impedem o relaxamento do coração para o enchimento com sangue venoso. O sangue no pericárdio também comprime as veias que entram no coração, diminuindo também o enchimento. Portanto, o coração fica praticamente vazio e comprimido, provocando a ausência suprimento sanguíneo para o corpo (em especial o cérebro) e o rápido colapso. Se a circulação não for restaura- da, isso pode levar à morte.
fatores de risco
Infarto do miocárdio, idade avançada (> 60 anos), sexo feminino e uma história médica de hipertensão sistêmica. Infartos do ventrículo esquerdo anterior são mais prováveis de romper.
alterações macroscópicas
microscópicas
complicações
Tamponamento cardíaco
DISSECÇÃO DE AORTA
epidemiologia
(1) homens entre 40 e 60 anos de idade com histórico familiar de hipertensão (mais de 90% dos casos)
(2) pacientes jovens com anormalidades no tecido conjuntivo que afetam a aorta (p. ex., síndrome de Marfan).
As dissecções também podem ser iatrogênicas (p. ex., complicação de canulação arterial durante cateterismo diagnóstico ou bypass cardiopulmonar).
quadro clínico
Início súbito de dor lancinante, geralmente ocorrendo na região anterior do tórax, irradiando-se para o dorso entre as escápulas e na direção descendente, à medida que há progressão da dissecção.
Sintomas adicionais incluem síncope, acidente vascular, paraplegia e morte súbita. Frequentemente os sintomas variam de acordo com as regiões afetadas da aorta
fisiopatologia
A hipertensão é o principal fator de risco para a dissecção de aorta. A aorta de pacientes hipertensos apresenta estreitamento dos vasa vasorum associado a alterações degenerativas da MEC e perda variável de células musculares lisas da média. Isso sugere que a lesão causada pela diminuição do fluxo através dos asa vasorum seja um fator contribuinte. A elevação abrupta e transitória na pressão sanguínea, como a que ocorre com uso de cocaína, também é conhecida como uma causa de dissecção da aorta. Muitas outras dissecções estão relacionadas com os distúrbios, herediátios ou adquiridos, do tecido conjuntivo que originam MEC anormal da aorta, incluindo: Síndrome de Marfan, síndrome de Ehlers-Danlos tipo IV e defeitos do metabolismo do cobre.
fatores de risco
Hipertensão, idade (>40 anos), histórico familiar, anormalidades no tecido conjuntivo.
alterações macroscópicas
alterações microscópicas
A histologia de uma dissecção aguda da aorta mostra a separação entre a íntima- dois terços internos da média e o terço exteno da camada média-adventícia, com hemorragia entre essas camadas.
complicações
Tamponamento cardíaco, insuficiência da aorta, infarto do miocárdio, etc.
4) Compreender a definição de morte materna
Define-se morte materna como a morte de uma mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou da localização da gravidez, em virtude de qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não em razão de causas acidentais ou incidentais.
5) Aprender o preenchimento de Declaração de óbito de morte materna
CASO 1
Mulher, 30 anos deu entrada às 21h com queda da pressão arterial, hemoglobina de 7 g/l, volume globular de 28%, dor à palpação de abdome, distensão abdominal e macicez de decúbito. Às 23h, foi encaminhada para laparotomia e recebeu 2 unidades de concentrado de hemácias. Na cirurgia, sofreu parada cardíaca. Durante a laparotomia, constatou-se quadro de gravidez ectópica rota.
CASO 2
Primigesta de 17 anos, com 40 semanas de gestação,
apresentou quadro hipertensivo no pré-natal.
Foi admitida em trabalho de parto e com diagnóstico de d.hipertensiva específica da gest. (DHEG) leve. Na sala de pré-parto, houve evolução do quadro com aumento da pressão arterial. Foi indicada cesárea. Por ocasião da indução anestésica, teve convulsões, evoluindo com PCR. O corpo foi encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbito SVO. Laudo anatomopatológico: Edema cerebral e Congestão polivisceral.
CASO 3
CASO 4
CASO 5
CASO 6
CASO 7
Mulher, 30 anos, foi internada na 37ª semana de gestação, com febre, cefaleia, cansaço há 8 dias. Ao ser examinada, apresentava quadro de pneumonia. Evoluiu para insuficiência respiratória há dois dias e foi encaminhada para UTI, evoluindo para o óbito. O resultado da coleta foi positivo para COVID-19.
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