domingo, 19 de maio de 2024

Patologia e Radiologia - aula 05 (Abdome agudo)

Objetivos de aprendizagem

1. Identificar através da radiografia, ultrassonografia e tomografia, as estruturas do abdome em exames normais

2. Identificar os tipos de abdome agudo

3. Discussão do diagnóstico diferencial ,fisiopatologia, exames de imagem, macroscopia e microscopia  de casos clínicos de abdome agudo.

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1) Identificar através da radiografia, ultrassonografia e tomografia, as estruturas do abdome em exames normais.

Principais alterações no abdome agudo:
Aumento da diametro
Densificação da gordura
Realce por meio do contraste

APENDICITE

A gordura densificada é um dos principais achados que podemos ter em uma apendicite
plastrão - Corpo, alças, mesentério, vai para a lesão como forma mecânica de bloqueio da hemorragia.
brida - fibrose decorrente por manipulação cirúrgica. Pode vir a gerar abdome agudo obstrutivo
Exame de imagem: Tomografia com contraste!

DIVERTICULITE
Protrusão da alça intestinal para fora. O mais comum é ficar gás, ou mesmo material fecaloide. Se ele começa a ficar aprisionado, vai gerar uma inflamação. 
Doença de diverticulose - há divertículos, sem inflamação.
Tomografia com contraste!!

COLECISTITE AGUDA
USG
Colecistite aguda por lama biliar.
Paciente quando não come por muito tempo, pode formar a lama, que provoca dor no momento da alimentação.
Também há densificação da gordura da vesícula.
6Fs: Feminino, fertile, forty, fat, fair, familiar.  

PANCREATITE
Enzimas proteolíticas que degradam gordura e carne! 
A pancreatite é grave pois haverá esteatonecrose.
USG nesse caso é péssimo (só consegue ver com 3 dias de pancreatite)
TC de abdome - Densificação da gordura + esteatonecrose!
O que mata é a SIRS. O medo do médico é haver translocação bacteriana.

GRAVIDEZ ECTÓPICA
Beta-HCG é fundamental, mas é importante avaliar a presença de algum tumor, MOLA, gravidez ectópica.


2) Identificar os tipos de abdome agudo

Abdome agudo - "Dor abdominal intensa /súbita ou progressiva que na maioria dos casos leva o paciente a procurar uma emergência médica , necessitando uma abordagem imediata, podendo ser cirúrgico ou não."

Tipos
- Inflamatório
-Obstrutivo
-Perfurativo
-Hemorrágico
-Vascular

3) Discussão do diagnóstico diferencial ,fisiopatologia, exames de imagem, macroscopia e microscopia  de casos clínicos de abdome agudo.


Caso 1:
Adolescente, sexo feminino 17 anos deu entrada na emergência com náuseas, vômitos e dor em fossa ilíaca direita há 12 horas.

1-Quais as possíveis causas?

2-Qual a sua conduta?


MACROSCOPIA:

MICROSCOPIA:
Serosa: Exsudato fibrino-purulento (neutrófilos {núcleo polilobado, citoplasma pouco corado}+ fibrina)

Há exsudato fibrinopurulento em todas as camadas do apêndice, mais facilmente visto na serosa. Na camada muscular notam-se neutrófilos infiltrados difusamente entre as células musculares lisas, o que constitui um flegmão: inflamação purulenta difusa pelo tecido, sem formação de cavidade (que seria chamada de abscesso). Contudo, é comum que na apendicite se formem também abscessos (aqui ausentes). Neste caso se fala em inflamação aguda abscedida. 

Caso 2 (gravidez ectópica):
M.G.G.M., sexo feminino, parda, 37 anos, natural e procedente de Pacajus, ensino médio completo, dona de casa.
QP: “Dor na barriga”, há 1 semana
HDA: Paciente relatou queixa de dor em abdome inferior, de intensidade moderada de início há 1 semana, com melhora parcial com o uso de analgésico. A dor , no entanto piorou há um dia passando a ser de forte intensidade e difusa em todo abdome.
HFPP: Nega Dm2 ou HAS
IOA: Amenorréia há aproximadamente 10 semanas.
Evoluiu com choque e veio a óbito.

MACROSCOPIA:

MICROSCOPIA:


Caso 3:
Mulher, 31 anos com massa abdominal percebida há 10 meses e dor nos ultimos dois meses, tendo se intensificado há uma semana.Antecedentes médicos: cesária anterior.
USTV: imagem anecoica, multiloculada, com separações grosseiras, medindo cerca de 17 x 12 x 9,5 cm.
RNM : lesão cística heterogênea em região iliaca/ paraovariana D, com 13,5 x 13,5 x 12x 9,8 cm.
CA 125: 9,8
Hipótese diagnostica : cistadenoma mucinoso (?)

O cistoadenocarcinoma mucinoso é uma neoplasia maligna originária do epitélio ovariano e que pode adquirir grandes dimensões.






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